Quem sou eu? Parei em frente ao espelho, me encarei por um tempo, cheguei a conclusão que não há como negar a força da genética, sou extremamente parecido com o meu pai biológico, embora todos os valores e a educação vieram do meu pai. Então é isso que somos? A junção da genética e criação de nossos pais? Sou o que minha família me fez ser? Não, ainda sou um pouco mais que isso.Então, me lembrei da minha infância, das brincadeiras, dos livros que eu li, da minha casa e onde estudei. Jesus por muitas vezes é identificado como “O Nazareno”, as pessoas o conheciam pela terra de onde ele veio e isso sempre ocorre com a gente: “O Paraíba, O Baiano, A menina da Igreja e etc”. Só que apenas isso não nos resume, somos mais do que os locais que frequentamos ou de onde viemos.
Assim, me deparei
com o que a galera hoje em dia mais se define: “Você é o que você produz! Você
é o que você faz da vida! Você é o que você tem!”. Quantas vezes no início de
alguma coisa, quando somos convidados a nos apresentarmos começamos com: Meu
nome é fulano de tal, estudei em “x” canto, trabalho na empresa cicrana, faço
tal esporte, gosto de ouvir tal estilo de música. Isso também faz parte do que
somos, e se estivermos num ambiente de empresa ou escola, por exemplo, é o que
basta, mas quando descemos a pergunta de quem nós somos pra um aspecto mais
profundo, fica insuficiente... Somos mais do que isso! Vamos além das coisas
que conquistamos ou das atividades que praticamos.
“Me diga com quem
tu andas, que te direi quem tu és”. Uma frase que todo mundo já ouviu e que tem
seu sentido. As pessoas que nos cercam também fazem parte daquilo que somos. Como
diz o Gonzaguinha: “Toda pessoa sempre é as marcas, das lições diárias de
outras tantas pessoas.” Canso-me de perceber o quanto estou falando igual a
minha turma, ou como minhas roupas estão iguais as da galera que admiro e as músicas
que estou ouvindo são exatamente as que meus amigos me mostraram. Mas nós
também temos uma vida fora da turma, temos uma personalidade que é apenas
nossa, ainda que influenciada por outros... Também somos mais do que isso.
Portanto, cheguei
a uma conclusão que, por sua vez, é a junção de tudo isso: O que fazemos, de
onde viemos, a herança genética/criação de nossos pais e pessoas que nós
convivemos, é uma reca de informação que responde a pergunta “Quem sou eu?” de
forma bem satisfatória.
Porém, a bíblia
ainda nos dá outra resposta ao questionamento de o que/quem somos. Encontramos
de cara, nos primeiros capítulos do primeiro livro da bíblia:
“Por
que você é pó, e ao pó voltará.”
Gênesis
3.19b
Somos pó... A
vida é breve, camarada! Salomão reafirma essa ideia no inicio de Eclesiastes:
“Tudo é vaidade!” Assim como Tiago na sua carta dizendo que “nossa vida é uma
neblina que logo irá se dissipar”.
Caio na real e
percebo que sim, sou mais que todas as coisas citadas acima, mas
substancialmente sou pó e que, como eu, todas as coisas que faço irão passar.
Parodiando um rap: “A vida é breve e nela eu tô só de passagem”.
Nós somos pó e
nossa vida é uma neblina... Mas mantenha calma, há boas notícias: A eternidade
nos espera.
“Ele
fez tudo apropriado no seu tempo. Também pôs no coração do homem o anseio pela
eternidade; mesmo assim este não consegue compreender inteiramente o que Deus
fez.
Descobri
que não há nada melhor para o homem do que ser feliz e praticar o bem enquanto
vive.”
Eclesiastes
3.11-12.
É verdade que
vamos acabar, mas por causa de Cristo, existe vida além da vida. Por causa de
Cristo, há esperança. E por causa da esperança sou confrontado a um novo estilo
de vida, sou confrontado no que sou para andar conforme o que Paulo disse:
“Cristo
em vocês é a esperança da glória.”
Colossenses
1:27b
Cristo em mim é
esperança da glória. Cristo em mim é esperança de eternidade. Cristo em quem
sou é esperança da eternidade.
Minha oração é
que eu trilhe um caminho no bem, com os pés firmes, consciente do que sou e o
que me faz ser, mas que eu não me ache.Que eu lembre sempre do pó que sou, e
por fim, meus olhos se mantenham absolvidos na esperança, fixos na eternidade
que há de vir.
#HoradeMatutar
1.
Cê já pensou o
quanto as coisas que fazemos e as pessoas que estão a nossa volta fazem parte
do que somos? Você concorda? Comenta aí.
2.
A gente parece
ficar besta quando uma pessoa famosa morre, achamos que gente assim é eterna.
Em algum momento você já parou pra pensar que não passamos
de pó? Mudaria alguma coisa nos nossos relacionamentos se a gente levasse isso
sempre na memória?
3.
“A vida é breve
e nela eu tô só de passagem”. Por que temos um fim vamos viver de forma
inconsequente, sem medir nossas ações?
4.
A gente ter a
cabeça no céu, pensar nas coisas de Deus... Implica em alguma coisa aqui e
agora? Que tal contar uma experiência que pensar no céu marcou a sua história?
(Devocional - Acampamento 2014)